sexta-feira, 16 de julho de 2010

Um sonho de metal



Despertei de um lindo sonho
De paz, alegria, pleno amor
Estava eu pela cidade
Montado, audaz, em um trator

Enquanto pelas ruas andava
De alto posto contemplava
E inevitavelmente sorria
Quem em momento sublime fizera
Tão refinada engenharia?

As pessoas sorrindo fitavam
Pasmas como em torpor
Tão logo se recobravam
Aclamavam com louvor

Oh mestre tu permitistes
Nascer nas terras do senhor
Tão perfeita criação
Tal qual o próprio criador

O doce perfume que exalava
E a mais bela forma criava
Magnética atração
Não havia quem pudesse
Passar sem pedir perdão

Oh senhor favor permita
Minha humilde redenção
Erro e sei que não mereço
Mas por favor, me estenda a mão

Não deixe desamparado
Pobre homem que assim sofre
Permita que essas belas rodas
Sobre meu corpo, passem velozes

Ao exemplo do belo cordeiro
A multidão logo formava
Enfileirada e sem demora
Um batalhão de um bairro inteiro

Nesse momento despertei
Mas mesmo contente lamentava
Quisera sonhar um pouco mais
Sobre o trator que atropelava

E por somente um motivo
Pude então me aquietar
O que havia sido um sonho
Estava disposto a engendrar

K

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